quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Outono


Como posso demonstrar sentimentos de outra vida
Vivo sonhos intermináveis que não são meus
O acordar já não remete a normalidade
Em transe absoluto, não tenho a chance de soltar estas amarras

Os olhos que vêem tudo com inocência
Não podem contar meu interesse profano
Sinto que mergulho em um mundo diferente
Outros anseios e temores vem a tona

Ora, qual a razão de tão forte interesse?
Qualidades, sorrisos, demais devaneios
Tantos quanto se pode contar
Tantos quanto posso resistir, e falho...

Momentos poucos que constroem a memória
Mas qual memória? Posso chamá-la de minha?
Porque tão cruel sina veio a me atormentar?
Devo então sucumbir a loucura?
Devo deixar de lado as formalidades?

Receio que a noite chegue
Não posso dormir, não quero sonhar
Sei que outra memória será apagada
E com outro sonho, esquecer quem sou novamente.


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Rumo

Hello darkness, my old friend
I've come to talk with you again
Because a vision softly creeping
Left its seeds while I was sleeping
And the vision that was planted in my brain
Still remains within the sound of silence


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Por aqueles que choram


Bom, havia muito dele em nós
Mais do que poderíamos imaginar
E voltava a sorrir
Aquele velho saudoso

Nem bem nos levantávamos
E lá estava ele
Com um sorriso maior do que nossas almas
Maior do que suportávamos

Seguimos em frente
Mas como um prisioneiro
Ele nos seguia pela corrente
A mesma que nunca irá se quebrar

Algumas vezes ele não aparecia
Outras, estava lá, parado, esperando
Quando algo nos atingia
Ele nos consolava

Não sabíamos
Nem imaginávamos porque tanto contentamento
Mas o velho sorridente
Estava morto desde seu nascimento.