O que foi o início de tudo isso? Quando foi que o destino começou a ditar as regras? Talvez seja impossível alcançar a resposta agora, nas profundezas do fluxo do tempo... Mas certamente, que no passado, nós amamos tanto, também odiamos muito, nós ferimos os outros e ferimos a nós mesmos... Mesmo que ainda corrêssemos como o vento, enquanto nossa alegria ecoasse, sob o céu azul do oceano.
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Outono
Como posso demonstrar sentimentos de outra vida
Vivo sonhos intermináveis que não são meus
O acordar já não remete a normalidade
Em transe absoluto, não tenho a chance de soltar estas amarras
Os olhos que vêem tudo com inocência
Não podem contar meu interesse profano
Sinto que mergulho em um mundo diferente
Outros anseios e temores vem a tona
Ora, qual a razão de tão forte interesse?
Qualidades, sorrisos, demais devaneios
Tantos quanto se pode contar
Tantos quanto posso resistir, e falho...
Momentos poucos que constroem a memória
Mas qual memória? Posso chamá-la de minha?
Porque tão cruel sina veio a me atormentar?
Devo então sucumbir a loucura?
Devo deixar de lado as formalidades?
Receio que a noite chegue
Não posso dormir, não quero sonhar
Sei que outra memória será apagada
E com outro sonho, esquecer quem sou novamente.
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