Naquela tarde de domingo, minha visão se perdeu no horizonte da cidade.
Palavras ao vento, como sempre. Como afetam ou modificam memórias, não sei. Saber as vezes dói, e essa coleção de amarguras não está a venda, muito menos a mostra. Tentar adivinhar as vezes cansa. Pensar em todas as possibilidades e considerar as mais remotas, é de deixar louco. Mas sempre esteve por perto. Ruim com, pior sem. Ou não.
Lucidez absoluta torna tudo tão vago e banal. Tão cinza e monótono. É um conforto que desprezo. Aos que a tem, palmas e que se fechem as cortinas para dar lugar ao mundo novo sem formalidades, sem medos.
É mais do que isso. Sempre foi.
Continuamos com essa cegueira confortável.
Alimentamos o vazio de dias tristes e nos apegamos a fatos sem importância. Chamamos atenção, pedimos socorro sem falar, queremos tudo e nada ao mesmo tempo. Humanos, nada mais do que isso.
Ainda que os livros contem nossa história, a parte bela será retratada de maneira sem igual, e as mágoas serão deixadas para trás.
Que os erros aconteçam, e que nos mostrem o caminho de volta a vida.
Naquela tarde de domingo, era o céu quem me fazia companhia, enquanto o sol ia embora com mais um dia
Que o vento seque nossas lágrimas e o sol nos faça sorrir novamente quando houver adeus.
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