domingo, 3 de novembro de 2013

Tarde de domingo


Naquela tarde de domingo, minha visão se perdeu no horizonte da cidade.

Palavras ao vento, como sempre. Como afetam ou modificam memórias, não sei. Saber as vezes dói, e essa coleção de amarguras não está a venda, muito menos a mostra. Tentar adivinhar as vezes cansa. Pensar em todas as possibilidades e considerar as mais remotas, é de deixar louco. Mas sempre esteve por perto. Ruim com, pior sem. Ou não.

Lucidez absoluta torna tudo tão vago e banal. Tão cinza e monótono. É um conforto que desprezo. Aos que a tem, palmas e que se fechem as cortinas para dar lugar ao mundo novo sem formalidades, sem medos.

É mais do que isso. Sempre foi.

Continuamos com essa cegueira confortável.

Alimentamos o vazio de dias tristes e nos apegamos a fatos sem importância. Chamamos atenção, pedimos socorro sem falar, queremos tudo e nada ao mesmo tempo. Humanos, nada mais do que isso.

Ainda que os livros contem nossa história, a parte bela será retratada de maneira sem igual, e as mágoas serão deixadas para trás.

Que os erros aconteçam, e que nos mostrem o caminho de volta a vida.

Naquela tarde de domingo, era o céu quem me fazia companhia, enquanto o sol ia embora com mais um dia

















Que o vento seque nossas lágrimas e o sol nos faça sorrir novamente quando houver adeus.

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